domingo, 31 de janeiro de 2010

afternoon coffee

Essa noite parece diferente, tomando um café amargo com um leve toque de incerteza, olho pela janela da minha casa. Dessa vez parece tão diferente, La fora o entardecer parece calmo, as arvores não se mexem o céu não tem barulho os seres dali não se movem, o sol parece não querer nos mostrar mais sua luz e se despede de nos da forma mais covarde, fugindo. Mas La no fundo há algo que parece estar ali por obrigação, há um muro que divide meu olhar, não deixando minha curiosidade de pensar passar dali.
O café começa a acabar e a insensatez começa as se transformar em uma vontade intensa de continuar vendo algo que talvez nem exista, mais que me faz querer por aquele momento saber o que aquele muro silencioso consegue esconder de meus olhos.
...
Mais um pouco e, pronto, consegui ver...
Agora percebo que o muro não estava ali por que queria, mais sim para poder esconder de meus olhos, algo tão horrível.
...
Agora consigo ver...
E o que vejo não parece tão bonito assim;
Vejo um mundo, com uma super quantidade de preocupações, tentando ser disfarçadas em forma de deus;
Vejo um mundo movido por Competições;
Vejo um mundo consumido por um enorme câncer, um mundo em estado terminal;
Deus!
Por favor, ponha o muro ali novamente, e dessa vez o faças mais alto para que ninguém curioso consiga ver isso que vi;
Por favor...
“Não quero continuar participando dessa evolução da humanidade... não consigo mais ficar aqui dentro dessa caixinha... esperando eles a abrirem para que eu possa sair e ficar girando sem rumo... assim como eles querem que eu faça, mesmo não querendo fazer, já estou ficando tonto de tanto girar...”
Tire-me daqui antes que...
Eu não consiga mais sair!
E depois...
Veja você...
Como é que a tarde vai acabar...

0 comentários:

Postar um comentário